As palavras

Escrever é realmente uma arte. Os escritos e poetas são artistas e tem a habilidade de colocar em palavras tudo que sentem e pensam.
Não me julgo nem perto disso, mas mesmo assim, as palavras sempre foram minha forma principal de desabafo. Jaá escrevi músicas e muitos textos sobre a minha vida e talvez esse seja mais um.
Meu blog podia ser um blog de opinião, mas ele nasceu pra ser um blog de desabafos.
Engraçado como a nossa vida vista dos olhos de outras pessoas sempre parece mais simples do que é. Isso se deve ao fato de que poucos realmente sabem o que está acontecendo conosco, e no meu caso, pouquíssimos. Nem sei se alguém realmente sabe.
Dentre todas as coisas que podiam me preocupar, parece que amor é o que afeta mais. Parce que é ele que perfura meu coração toda vez. Não sei se até esse ponto vocês repararam que apesar de eu ser uma pessoa "louca" e "aparecida" que eu guardo muito dos meus reais sentimentos pra mim.
Na verdade, o que me faz melhor diante de uma situação complicada não é nem o conselho que recebo, mas sim o desabafo que contar pra alguém. Acho que é por isso que escrevo aqui. Pra desabafar.
Eu sei que existem boas pessoas lá fora, mas não sei onde elas se escondem. E já decidi parar de procurar. Minha prioridade agora são meus estudos, mas não dá pra negar que um amor me ajudava quando estava cansado e carente, precisando de um abraço. Quantas vezes dormimos de conchinha? Essa pergunta nao saberei responder. Mas aquele corpo a corpo como se o mundo fosse só nosso foi único. Foi a primeira vez que amei e meu amor foi correspondido, por isso de tanto "drama" da minha parte. O que fazer agora quando quem tu amas quem está tão longe? O que fazer quando você tenta ser tão racional para se permitir e permitir que o outro alguém viva e ao mesmo tempo não estar vivendo?
Quando era mais novo aconteceu algo semelhante. Acho que está na hora de e "resetar" o sistema. Limpar minhas idéias, meus sentimentos e deixar que a vida me leve novamente nesse mar de experiências. Mas mesmo que eu resete tudo, tudo o que passei ficou na nuvem (no iCloud) e sempre que eu olhar pra cima, você estará lá.

Não chego nem perto de ser um artista na escrita, mas é a forma que eu encontrei pra não explodir com tantos sentimentos. Eu falei pra você: Viva!
Mas o engraçado é que eu não estou vivendo. Maldita racionalidade.

Microscope

O dia em que células deixou de ser sinônimo de dinheiro

Nascido assim.

Durante muito tempo, uma dúvida cruel persistiu em minha cabeça: Quem sou eu? Essa resposta não é de fácil entendimento. Leva-se muito tempo até que se encontre um resposta satisfatória. Mas com a paciência e competência que só vem com o tempo, estou descobrindo.
Análise da infancia: Minha infância, apesar do acontecido, foi uma infância ligeiramente normal. Eu era apenas um dos alunos que tinha a mente mais poluída da quarta série e fazia musiquinhas toscas pra todos rirem. As vezes essas musiquinhas envolviam colegas que se irritavam com minhas composições.
Uma delas foi a paródia de Carla do Ls Jack... Como num nada, veio na minha cabeça de vendo um trocadilho com a vaca. Daí surgiu o "ÔO vacaa... eu te mamei, como jamais um outro bezerro vai te mamar...". Apesar de beeeem esdrúxula, era algo que fazia os outros rirem gerando, as vezes, pequenos amontoados perto de mim.
Na quinta-série, devido a mudança de escola, andava meio confuso. Passava em minha pequena cabeça que meu jeito muuuito extrovertido de levar a vida e brincar com os outros poderia ser levado como algo negativo. Algo que fizesse as pessoas tirarem conclusões erradas sobre mim.
A partir disso, comecei a me portar diferentemente durante os primeiros dias na nova escola. Cheguei até mesmo a me isolar bastante das pessoas de outras salas... Só com o tempo e ajuda de pessoas maravilhosas como a RYANnna - Victor Ryan (olha eu de novo com esses trocadilhos!), que eu consegui recuperar o antigo pequeno Veras que estava escondido: O Veras "bestão". Botei meu lado criativo pra fora em diversos projetos e trabalhos escolares, chegando a chamar atenção por isso.
É esse o ponto. Eu não tenho nem como não admitir que não chamo a atenção. Não por beleza, nem por riqueza, mas por me expressar de maneira diferente dos demais. Sabe como eu consigo me divertir em qualquer lugar?? Eu me divirto comigo mesmo. Falo coisas que me façam rir, pensar e me curtir.
Ainda hoje, penso se devo mudar meu comportamento que nem fiz na quinta série. Estou, enfim, descobrindo que não. Vai que eu  não tenha a sorte de encontrar uma pessoa como o Victor que me tire desse meu lado quieto e triste. Dentre ser quieto e triste ou expansivo animado, eu fico com a segunda opção. Não vou me esquivar de uma coisa que está na minha alma, porque eu sou assim. Nascido assim.



E todo mundo que convive comigo sabe: Born This Way é a música da Gaga que me inspirou à esse post.

O ano já parece meio traçado.

O dia das inscrições chegou. Acordar cedo e levar os papéis parece fácil, mas pra quem tá acostumado a só acordar 3 da tarde isso é beeem difícil. Não foi tão difícil assim. Vi futuros colegas de classe, revi velhos amigos da escola. E agora estou com o trem nos trilhos só esperando o Gran Día do começo das aulas.
Meu pai, com um orgulho estonteante, passou comigo próximo ao meu futuro bloco. Na volta pra casa, minha antiga professora de cello também estava reluzente ao me dar os parabéns.
Agora, está cada vez mais perto de eu virar um médico e minha rotina mudar um pouco. Faço meus esforços pra continuar vendo meus velhos amigos e sorrindo como sempre. E está dando certo...

Uma nova fase se aproxima

É tudo tão intenso... Do começo da prova ao resultado final. É tudo questão de estratégia. Faça a sua.
Para um aluno recém saído do ensino médio, era impossível ter tal pretensão. 1º Lugar?? Nunca esperei isso. É incrível ver meu pai todo feliz, meus amigos orgulhosos e se sentir leve como se um peso houvesse sido tirado das minhas costas.

Passar na UFRR fez bem não só pra mim, quanto para todos a minha volta. E acredito que, por isso, a minha felicidade se tornou completa. Só estou feliz, quando meus amigos estão felizes e assim que eu sempre vivi e viverei.
Agora um novo futuro se aproxima. Um futuro com mais responsabilidades, desafios e recompensas. E eu quero estar pronto para ele, por isso não tenho medo de viver cada experiência possível. Raspar a cabeça não é nada comparado ao que vem por aí... O cabelo é apenas uma das muitas coisas que terei de me privar,  pelo menos por enquanto. Em nome do bem maior, a vida, eu vou sacrificar algumas noites com os amigos, algumas horas sem dormir. Mas isso, no fim, me trará felicidade. Uma vida salva, um dever comprido. É MED 2011!

O sumiço temporário

Gran Canyon

Tá... definitivamente estava um pouco sumido. Prometi escrever durante a estadia nos USA, mas infelizmente a correria e o cansaço não me deixaram. Mesmo chegando em terras dos brasucas, aquele meu velho jeitinho brasileiro de ir adiando o retorno ao blog me fez chegar até o dia de hoje.
Finalmente, durante um banho demorado cuja finalidade era remover o suor de um corpo cansado depois de uma longa corrida, tive a vontade de correr para esse espacinho e digitar novamente meus sentimentos e planos... São tantas coisas que nem sei por onde começo.
Enfim... amanhã retornarei com tudo, já que o tamanho desse post já está suficientemente grande para um dia.

Dia 01 - Malas Prontas

Tudo começa com a velha arrumação de malas. Não tenho muito o que levar, afinal, nunca fui pra um lugar de frio intenso. Tá... Miami nem tá tão frio assim, mas NY tá com temperaturas "doooooces".
Nem acredito que cheguei até aqui. Já tenho visto, autorização do juizado, passagens compradas. Agora é só pegar estrada até Caracas e de lá, dia 6, embarcar pra Miami.
É tanta expectativa que quase não consegui dormir. O fato da cachorra da vizinha não parar de latir também ajudou, mas a noite toda foi pensando nas montanhas-russas, nas atrações, no que vou poder comprar.
Me vendo por esse lado capitalista, fica difícil me juntar à Áurea no "Capitunismo" (mistura de capitalismo com comunismo).
Vou me entregar a esse país de ganância e sonhos e vamos ver no que vai dar...
Por enquanto só tenho uma certeza: de que valeu a pena esperar todos esse anos por essa viagem. Eu vou curtir, vou aproveitar e vou deixar meu lado criança aflorar com tudo esses dias.
Nos próximos 25 dias esse blog vai deixar de ser um blog filosófico e vai ser um blog de viagem. Essa é a minha forma de botar todos os meus amigos no meu mundo, mesmo de longe.


Até mais pessoal!